A novela terminou já faz um tempo, mesmo assim merece nosso destaque, tudo porque as críticas mais fervorosas de Cordel Encantado giram em torno do quão fantasiosa ela era( e como era), começando pelo enredo, passando pelos personagens e terminando em seu desenrolar.
A trama girava em torno do Cordel, este começava num reino muito distante - Seráfia ( gravada nos Jardins de Versalhes, na França)- falava de tesouros, reis, reinos, plebéias que viravam rainhas, traições, guerras e uma viagem às Américas, como na época do descobrimento do Brasil. Já por aqui, aparecem os cangaceiros, no melhor estilo Lampião querendo fazer justiça com as próprias mãos e os coronéis de uma terceira época da história brasileira, destacando o poder desses poderosos em cidades tão pequenas como o Sertão de Brogodó. O enredo não ficaria completo sem os políticos enganadores e medrosos e claro, o casal romântico, aquele que faria todos suspirar.
Os personagens eram caricatos: Açucena - a princesa perdida era do bem, mas era boba, exagerada e ciumenta. Para o mocinho Jesuino tudo sempre dava certo, em todo esse desenrolar quem roubava a cena era o Capitão Herculano( foto), porque não é toda hora que um cangaceiro se denomina Rei e vai para as telinhas com tanta propriedade: todos tinham medo dele, ele falava uma vez só e - por mais que fossem coadjuvantes - o prefeito, a primeira dama, o filho medroso, o delegado e até o padre sempre eram motivo de risada de tão absurda que a história se tornava.
Cada personagem produziu no público uma reação forte, apesar da abordagem fantasiosa da trama, foi possível vislumbrar em Doralice a força da mulher e do que é capaz para conquistar o homem amado chegando a se vestir de homem e terminando a trama sendo conhecida como "Delegada Duracile" unindo seu oposto ao Príncipe Felipe, preparado para reinar, não deixou seu lado romântico de lado e "trocou" Seráfia pela prefeitura de Brogodó. Destaque ainda para o menino Eronildes, esbanjando esperteza, para o profeta Miguelzim, interpretação impecável de Matheus Nachtergaele e Maria Cesária sempre fazendo analogia dos sentimentos com os temperos das comidas.
O desenrolar da trama era previsível e esse era o seu charme, por isso se tornou atraente, primeiro porque era engraçado, depois por ser leve, isto é, usar uma abordagem simples, sem voltas e complicações com foco naquilo que era mais lógico, até mesmo as maldades do vilão Timóteo eram planos mal preparados, sem começo, meio e fim prontos para não serem concluídos e dando possibilidades da parte do bem da novela conseguir se recuperar, chegava a parecer de mentira, uma encenação dentro do enredo.
E como em todo conto de fadas, os grandes vilões morrem no final, todos arrumam parceiros para viver um grande amor, o Rei volta para seu reino que é unificado e está em paz e os mocinhos resolver ficar no Sertão, sendo governados pelo princípe do estrangeiro, agora casado com a delegada.
A principal lição da novela fica por conta do faz-de-conta, pela brilhante conclusão do que se havia proposto - unir num mesmo lugar: o Sertão do Brasil, a corte real, o cangaço, um profeta, os coronéis, os políticos corruptos e os medrosos, aqueles que sonhavam mudar, a flor e o Rei e mesmo assim achar uma solução para tudo isso junto. Provando que não é preciso se explorar o que o ser humano tem de pior e nem apenas desgraças para se ter audiência na TV, pode ser que não se tenha ensinado muita coisa, mas pelo menos deixou o horário mais descontraído.
Para terminar deixo um versinho do tema de abertura - Cordel Encantado - Gilberto Gil - porque até na novela tudo tem os dedos de alguém, seja de Deus ou do destino, fez o Rei - filho do Rei do Cangaço colher a Flor - filha do Rei de Seráfia e depois de tudo decidiram ali ficar e fazer mudar.
Nossos destinos
Desde meninos dão-se as mãos
Nossos destinos
De pequeninos eram irmãos
E os desatinos
Também tivemos que vivê-los bem juntinhos
E os caminhos
Nos trouxeram para este lugar
Aqui vamos ficar
Amar, viver, lutar
Até tudo acabar
As novelas são mesmo feitas para nos emocionarem... e as boas conseguem-no!
ResponderExcluirInterrompemos a programação normal deste site/blog para o nosso último informe policial:
ResponderExcluirO rato de laboratório está se movimentando rapidamente e já foi visto em diversos locais do mundo
Estamos, aqui novamente, o seu Repórter WEB Virtual Última Hora, ao vivo pra você, na sede da polícia federal. Fomos informados pelo delegado chefe que o rato de laboratório está se movimentando rapidamente como uma forma de dificultar o trabalho das polícias do Brasil e do mundo, que se uniram num esforço para facilitar a sua captura. Entre as últimas vezes que o rato de laboratório foi visto, podemos destacar:
1 - um cinegrafista amador registrou o momento em que o Bope invadiu uma das favelas do rio de janeiro e o rato de laboratório foi visto pulando sobre os telhados dos barracos com um fuzil AR-15 nas costas, fato que levanta a suspeita de ter se envolvido com o tráfico de drogas.
2 - Um turista brasileiro nos EUA fotografou o rato de laboratório trabalhando como garçonete em um estabelecimento especializado em comida brasileira em Orlando. O tal turista postou as fotos no Facebook.
3 - O rato esteve desaparecido por diversos dias sem que a polícia encontrasse nenhuma pista do seu paradeiro, e descobriu-se posteriormente que ele utilizou uma forma eficaz de camuflar-se: disfarçou-se de peregrino no Egito e misturou-se a uma multidão que peregrinava para Meca. Ele julgou que, no meio da multidão, jamais seria encontrado, porém não contava com uma ajuda que a polícia federal tem para estes casos: um agente que, durante a sua infância, especializou-se em procurar personagens e objetos em multidões através dos livros da série "Aonde está o Wally?". Após visualizar uma imagem de satélite que cobria uma multidão de um milhão de pessoas, o rato foi localizado mas, antes que a polícia chegasse ao loca,l já havia mudado o seu paradeiro.
4 - Através de uma denuncia anônima, a polícia chegou a um retiro espiritual em uma chácara na região da grande Curitiba, Paraná, Brasil, uma sociedade secreta, onde a mestre Fábia ministra ensinamentos sobre petrefiolismo. A polícia não conseguiu confirmar se realmente o rato esteve por lá, porque, a cada pergunta que fazia, a mestre Fábia passava horas e horas divagando sobre diversos assuntos, menos sobre o que fora perguntado.
5 - Ainda não foi confirmada esta informação, mas, segundo um homem que se diz dissidente, o rato organizou um pequeno grupo, um exército de rambos, que se auto denomina QPTP (Queremos Parar de Tomar Pondera) e estão fazendo uma marcha pelo interior e sertões do Brasil, nos mesmos padrões da Coluna Prestes.
Entenda o caso do rato de laboratório, acompanhando sua trajetória desde o início, através do link:
http://progcomdoisneuronios.blogspot.com/2011/10/toda-trajetoria-do-rato-de-laboratorio.html
O Repórter WEB Virtual Última Hora pode voltar a qualquer momento com mais informações. Fique ligado. Boa noite.