Tem coisas na viagem que são impagáveis. O
mar estava turvo e revolto, havia chovido de noite e alguns passeios não
valeriam a pena nessas condições. Contratamos então um passeio para Garapuá –
acho que é um bairro que dá nome a praia, porque na verdade Morro de São Paulo
fica no município de Cairu – na Bahia e só desvendei isso porque o Yahoo Tempo
não achava o Morro de jeito nenhum, então coloquei o CEP da pousada quando
descobri onde realmente estava.
Nós descobrimos, mas o
menino, achamos que não tinha nem 18 anos, que dirigiu o 4x4 que pegamos para
nos levar a essa praia não sabia, nos garantiu que a cidade era outra, nos
levou por um caminho que misturava mangue, rio, areia de praia e uma vegetação
própria do local, Passamos por uns campos abertos e vimos onde pousam alguns
táxi aéreos ( medooooo )
Chegando lá,
depois de quase 40 minutos,uma bonita e selvagem praia vazia, só tínhamos nós,
o menino diz que vem nos buscar as 16h. Olho no relógio e ainda são 11h, alguém
pergunta: onde são as piscinas naturais? Resposta: Em alto mar, mas não tem
barco.
- Como não tem barco?
- Mas nós compramos o passeio com barco, o que faremos até as
16h?
Começou então uma enorme movimentação, vai pra lá, vai pra cá.
Eis que derrepente surge um senhor com um motor na mão( sim, um motor, você não
leu errado) e diz vamos?
Vamos pra onde? Pensei comigo. Ele aponta
pro barquinho com naipe de catraia e diz que colocará o motor. Eu já tinha
passado um perrengue com os peixinhos no dia anterior, nadar com os peixinhos
em alto mar? Eis que alguém perguntou se tinham peixinhos e a resposta me
animou: alguns, tem que procurar.
Resolvi ir, eu procuraria o lado oposto
deles. Andamos um bom caminho até as piscinas, o mar estava uma delicia apesar
da falta de sol, fiquei ali, nas areias, mergulhando, curtindo enquanto as
meninas vestiram seus snorkells e foram a caça dos peixinhos, ainda bem que
acharam, fotografaram e ficaram felizes. A maré subiu e o moço disse que precisávamos
ir naquele momento. Eis que Liane e Juliane olham pra ele e dizem que vão
voltar pelo mar nadando. O senhor fez cara de “ essas meninas são loucas”
eu só tive tempo de pensar “ ah?” e então ele disse que não poderia deixá-las
ali e eu só vendo. Elas tiveram que acatar.
Quando chegamos na areia fiz questão de
fotografar a distancia( foto) e as duas diziam que não podia ser tudo isso,
parecia tão perto... ( risos) Sem noção, afinal, quando saíssem do banco de
areia e corais cairiam em alto mar, mais de 5 metros de profundidade e ao
contrário do que disseram, por mais que a maré e o vento puxassem pra areia, as
correntes marítimas enganam, e eu e Liane como caiçaras do litoral não podemos
duvidar disso.
Depois da descontração, hora de pedir o
almoço, seria um peixe chamado vermelho, assado na folha de bananeira. Enquanto
era preparado o tempo mudou, ficou frio, ventando, chovendo, nos enrolamos nas
cangas para sobreviver, mas valeu, estava uma delícia, um gosto super apurado.
Pra fechar no local com
chave de ouro, o moço ficava andando com a maquininha do cartão para achar
sinal: essas operadoras de telefonia.
hahaha
ResponderExcluirDei risada sozinha, lembrando de tudo!!
Quem são as loucas q queriam voltar nadando?? kkkkk
Adoreiii!!
Bjuss
Q meninas sem noção hein, Rafa!!
ResponderExcluirAinda bem que o senhor não confiou no nosso porte atlético (ou não, kkkk) e nos levou de barco...
Várias risadas aqui... a saga pra voltar pro barco em alto mar, foi hilária tbm! Adorei o passeio desse dia!!
Este peixe estava MARAVILHOSO, o feijaozinho e a farofa... hummmm
Amei!!
Mto bom registrar os bons momentos da vida!!
Grande bjo!!