13 outubro 2014

Morro de São Paulo – Cadê o barco e vamos nadando então?

          
Tem coisas na viagem que são impagáveis. O mar estava turvo e revolto, havia chovido de noite e alguns passeios não valeriam a pena nessas condições. Contratamos então um passeio para Garapuá – acho que é um bairro que dá nome a praia, porque na verdade Morro de São Paulo fica no município de Cairu – na Bahia e só desvendei isso porque o Yahoo Tempo não achava o Morro de jeito nenhum, então coloquei o CEP da pousada quando descobri onde realmente estava.




            Nós descobrimos, mas o menino, achamos que não tinha nem 18 anos, que dirigiu o 4x4 que pegamos para nos levar a essa praia não sabia, nos garantiu que a cidade era outra, nos levou por um caminho que misturava mangue, rio, areia de praia e uma vegetação própria do local, Passamos por uns campos abertos e vimos onde pousam alguns táxi aéreos ( medooooo )

              Chegando lá, depois de quase 40 minutos,uma bonita e selvagem praia vazia, só tínhamos nós, o menino diz que vem nos buscar as 16h. Olho no relógio e ainda são 11h, alguém pergunta: onde são as piscinas naturais? Resposta: Em alto mar, mas não tem barco.

- Como não tem barco?

- Quebrou e a gente não arrumou

- Mas nós compramos o passeio com barco, o que faremos até as 16h?

Começou então uma enorme movimentação, vai pra lá, vai pra cá. Eis que derrepente surge um senhor com um motor na mão( sim, um motor, você não leu errado) e diz vamos?

Vamos pra onde? Pensei comigo. Ele aponta pro barquinho com naipe de catraia e diz que colocará o motor. Eu já tinha passado um perrengue com os peixinhos no dia anterior, nadar com os peixinhos em alto mar? Eis que alguém perguntou se tinham peixinhos e a resposta me animou: alguns, tem que procurar.

Resolvi ir, eu procuraria o lado oposto deles. Andamos um bom caminho até as piscinas, o mar estava uma delicia apesar da falta de sol, fiquei ali, nas areias, mergulhando, curtindo enquanto as meninas vestiram seus snorkells e foram a caça dos peixinhos, ainda bem que acharam, fotografaram e ficaram felizes. A maré subiu e o moço disse que precisávamos ir naquele momento. Eis que Liane e Juliane olham pra  ele e dizem que vão voltar pelo mar nadando. O senhor fez cara de “ essas meninas são loucas”  eu só tive tempo de pensar “ ah?” e então ele disse que não poderia deixá-las ali e eu só vendo. Elas tiveram que acatar. 

Quando chegamos na areia fiz questão de fotografar a distancia( foto) e as duas diziam que não podia ser tudo isso, parecia tão perto... ( risos) Sem noção, afinal, quando saíssem do banco de areia e corais cairiam em alto mar, mais de 5 metros de profundidade e ao contrário do que disseram, por mais que a maré e o vento puxassem pra areia, as correntes marítimas enganam, e eu e Liane como caiçaras do litoral não podemos duvidar disso.

Depois da descontração, hora de pedir o almoço, seria um peixe chamado vermelho, assado na folha de bananeira. Enquanto era preparado o tempo mudou, ficou frio, ventando, chovendo, nos enrolamos nas cangas para sobreviver, mas valeu, estava uma delícia, um gosto super apurado.


Pra fechar no local com chave de ouro, o moço ficava andando com a maquininha do cartão para achar sinal: essas operadoras de telefonia. 

2 comentários:

  1. hahaha

    Dei risada sozinha, lembrando de tudo!!

    Quem são as loucas q queriam voltar nadando?? kkkkk

    Adoreiii!!

    Bjuss

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  2. Q meninas sem noção hein, Rafa!!

    Ainda bem que o senhor não confiou no nosso porte atlético (ou não, kkkk) e nos levou de barco...

    Várias risadas aqui... a saga pra voltar pro barco em alto mar, foi hilária tbm! Adorei o passeio desse dia!!

    Este peixe estava MARAVILHOSO, o feijaozinho e a farofa... hummmm

    Amei!!

    Mto bom registrar os bons momentos da vida!!
    Grande bjo!!

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