22 julho 2014

O amor bom é facinho?


Hoje lembrei-me de um texto que havia lido a algum tempo atrás, não sabia se nos blogs parceiros ou se em alguma revista, mas não é que o Google achou com facilidade.




O texto é do editor executivo da Revista Época - Ivan Martins e se chama " O amor bom é facinho". Eu particularmente me diverti com o jeito descontraído e brincalhão usado pelo autor para brincar com os casais, ele questiona aqueles aguerridos lutadores de relacionamento, aqueles que acham lindo viver em perigo, brigar por um lugar na vida do outro e chamam isso de desafio.


Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado. Ivan Martins -  O amor bom é facinho".








Em nenhuma passagem ele fala da arte de "conquistar" apenas diz que é preciso coragem e iniciativa para arriscar, o que nem sempre as pessoas estão dispostas. Na verdade, eu acredito que todo mundo cria "pré-conceitos" sobre com quem vai se relacionar e quando essa pessoa aparece é preciso desmistificar a imagem criada, perceber o que faz ou não sentido, saber o que realmente é importante. Decidir o que se quer viver naquele momento e tudo isso muda de acordo com a maturidade emocional de cada um, o que valia a pena com 15 anos pode não valer com 22 e muito menos com 35 anos. A fase muda, a cabeça muda, os sonhos mudam..




O que não muda, pelo menos para as mulheres, é o romance. Pode ser na idade que for. Quem não deseja ser cuidado, mimado, surpreendido? Se sentir querido, poder dividir coisas boas, sonhos e também as dificuldades.


Eu concordo com o Ivan, toda vez que se insiste em algo que só mesmo a gente não vê, aquela pessoa que definitivamente não se importa com a sua presença, não conversa, não se distrai com as suas histórias, não ri de você com você, não sente sua falta, não te deseja, não retorna sua ligação e mesmo assim você fica pensando em várias respostas para inocenta-lo e continuar fazendo do mesmo jeito. O duro é enxergar isso quando se está envolvido na situação.

Voltando ao texto do Ivan, ele conclui com  uma frase espontânea e verdadeira a qual dispensa maiores comentários:

Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.  Ivan Martins -  O amor bom é facinho".


Imagens: Chiado Editora - facebook

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