Eu descansando no Morro do Pai Inácio |
Contratamos a Adventure Daniel lá em Lençóis para nos
acompanhar durante as trilhas e o André foi nosso guia durante todos os dias e
neste primeiro pegamos um grupo “nível avançado” acostumados com trilhas e
passeios desse estilo e nem preciso dizer que eles não tinham lá muita
paciência conosco( risos).
Lapa Doce |
Ganhamos um lanterna e fomos para a Lapa Doce com guia local, nos foi explicado a diferença entre gruta e caverna, a primeira tem entrada e saída e a segunda você precisa entrar e sair pelo mesmo local. A Lapa Doce é uma gruta, uma das maiores mapeadas na Chapada( não lembro o tamanho), dentro dele pudemos ver as formações feitas por dentro através da infiltração da água – criando lindas imagens naturais.
Pratinha |
Na sequencia fomos para a Gruta da Pratinha – lá tinha flutuação – a gente pagava R$20,00 e mergulhava com snorkel e pé-de-pato deles dentro da gruta. Neste momento eu parei e pensei se eu queria fazer isso. Olhei aquela água azul linda, o material de mergulho, lembrei do episódio dos peixinhos em Morro de São Paulo e gelei. As meninas foram rápidas e logo estavam prontas.
Do lado de dentro com as lanternas |
Decidi ir, tinha que me superar, afinal já estava lá e não podia voltar sem histórias para contar, mas... ( sempre tem que acontecer alguma coisa) quando a Liane estava entrando sentiu uma picada, era um peixinho pequeno que mordia( ahhhh), voltei para trás e comecei de novo: vou ou não vou? O guia aquático me disse que se eu me movimentasse eles não me pegariam( imagina a cena da Rafaela balançando braços e pernas - Risos).
O importante foi ter valido a pena, era pequeno, entramos
na gruta desta vez pela água, com lanternas nos braços para enxergar, víamos o
azul da água refletindo a pratinha, como é chamado o local. O guia ainda tirou
uma foto nossa dentro da gruta e na saída os peixinhos conosco, lindos mesmo,
uma sensação bacana de vê-los ali tão perto e eu no meio deles. Incrível. Só
não consegui ficar muito tempo, porque estava com medo ainda.
Gruta Azul |
Almoçamos por ali e a Gruta Azul ficava ao lado, nesta não se podia mergulhar e para ver os detalhes era preciso esperar o sol passar por ela, que aconteceria por volta das 14h, neste horário estávamos lá para admirar o espaço.
Já exaustos, com o joelho dando sinais de sedentarismo, seguimos para o Morro do Pai Inácio e aí o preparo físico faltou e nossos companheiros nos deixaram para trás, afinal subir o Morro não é pra qualquer um, mas valeu cada degrau, a respiração ofegante, coração a mil, cansaço, mas quando você chega no topo e olha na sua frente aquela imensidão da Chapada, você entende o quanto somos minúsculos dentro de um Universo de vida existente no planeta. O Silêncio somado a paisagem te convida a parar, te faz parar. Ali você agradece a Deus a oportunidade de estar ali, lembra de tanta gente e tanta coisa num espaço de segundos e sorri tranquilo.
Vista Morro do Pai Inácio |
Neste momento o francês que estava no nosso grupo queria
uma foto dele “pulando” lá no alto e eu, sem querer muito, consegui tirar uma
foto perfeita, ele praticamente voava. Ele ficou impressionado e me passou o
email dele para que eu repassasse a imagem, mas enquanto eu apagava os cliks
tremidos o sensor do celular mudou de foto e, pasmem, eu apaguei a foto do
francês. Que vergonha! Ainda bem que nunca mais eu vou encontrar com ele,
afinal, ele deve estar me xingando esperando meu email. ( oh)
A descida foi terrível, neste dia eu descobri que a
lógica e o ditado estão errados: Sem essa de que pra descer qualquer santo
ajuda, mentira. Se seu joelho não ajudar senta e chora, não cheguei a tanto,
mas nosso grupo pegou distancia, enquanto tentávamos descer com dignidade, pior
seria aguentar mais um item do roteiro.
André, nosso guia, disse que o roteiro até o Poço do Diabo era tranquilo, mas claro que o meu joelho não concordava muito com isso, quem concordava era o antipático casal italiano do nosso grupo, não esperavam, não olhavam pra trás e se você demorasse, e a gente demorava, eles passavam por cima. Simples assim.
A cachoeira pequena foi nosso batizado nas águas geladas
da Chapada Diamantina, depois do banho era hora de voltar pro Hotel.
A noite fomos jantar no Centrinho, comemos num pequeno
restaurante chamado Tora, onde pedimos filet mignon para fechar o dia
cansativo, muito bom por sinal, com direito a uma cachorra que comeu a
gordurinha e um gato que também comia carne. Eles ficavam ao redor da mesa
pedindo comida, com o olhar mais chantagista da face da Terra.
Todavia ainda não era o final de dia, tínhamos que andar
até o hotel, que ficava no alto, quase não conseguimos subir, as batatas da
perna pareciam que iam explodir e as pernas não respondiam mais, não era
trilha, mas foi difícil chegar no quarto e se jogar na cama com a sensação de
que não conseguiríamos fazer o passeio do outro dia por falta de preparo físico
e olha que de 0 a 10 o nível do dia tinha sido 6,5.
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