16 novembro 2014

Fugindo do padrão

              
fugindo do padrão
                 Nós seres humanos, somos facilmente escravizados. Somos facinhos, nos rendemos a quaisquer ideias com mais de 10 likes no Facebook, gastamos nosso dinheiro atualizando o guarda-roupa pra que ele não deixe de ter aquela peça que mostra pra todo mundo o quanto “cool” nós somos, votamos no candidato que tem mais tempo no horário eleitoral porque é difícil demais pesquisar a vida daquele outro que só tem direito a míseros 3 minutos de fala, gastamos o que não temos comprando coisas pra impressionar pessoas das quais nem gostamos. Sim, somos facilmente manipuláveis, meu amigo. Toda essa necessidade de nos enquadrarmos em padrões acabou nos transformando em seres entediantemente iguais.
               Quer ver? Aquela mulher peituda de cabelos lisos, de unhas pintada de vermelho pipoca-doce, se equilibrando num salto 15 daquela bota que todo mundo resolveu comprar, te chamou atenção? Ah, vá. E você aí achando que não era previsível.
                A bolha de influência invisível e maléfica que nos dita a cada segundo como devemos nos vestir, o que devemos achar bonito, o que deve ser considerado coisa de pobre, o que faz daquele sujeito parecer mais bacana diante de todos os outros, cada dia mais nos transforma em seres que são mais do mesmo. Como numa gigante linha de produção, vemos pessoas-produtos esbanjando padrões como se tivessem sido escolhidos por elas, quando na verdade todas as escolhas foram, dia após dia, sendo injetadas em seus subconscientes que estavam ocupados demais fuçando nas novas atualizações do Facebook pra se darem conta disso. A geração dos zumbis, meus amigos, está mais perto do que você imagina.  Blog Casal Sem vergonha


Esse post do blog Casal Sem vergonha( clique no link e confira na integra, é bem bacana) é minha inspiração do dia. Como é chato essas pessoas todas iguais, com ideias parecidas, as quais buscam as mesmas coisas. O texto é da Coluna Área H - o portal dos Homens inteligentes, mas sabe que o inverso é verdadeiro, claro que o bonitão, malhado e com dinheiro no bolso, machão, dono de si, chama muito atenção, mas ... ah... tem vários poréns. 


Tem coisa mais encantadora do que homem inteligente, aquele que sabe o que diz, conversa sobre quase tudo, se não entende de algo sabe exatamente como descobrir? O homem realmente não precisa ser do tipo "machão feroz" mas tem que saber "cuidar", por mais que uma mulher pareça independente e tenha se acostumado a resolver problemas, liderar equipes, ser forte e aparentemente bastar-se por si só, isso é pura fachada ou questão de sobrevivência. É uma delícia ouvir " cuidado, você tem que prestar mais atenção no trânsito" ou " me avisa quando chegar em casa" ou ainda " quer que eu te leve em casa?". Flores? Sim, por favor, mas se não der por isso ou por aquilo, uma surpresa boba pode surtir o mesmo efeito, pode ser seu doce preferido, um encontro inesperado, uma mensagem diferente fora de hora. 


Quase todos os homens são atrapalhados e esquecidos, chega a ser charmoso ter que "cuidar" deles, lembrá-los de coisas que nós mulheres fazemos no automático. E se rolar uma química, não importa se eles não são do tipo tanquinho, magro demais ou com uma barriguinha de estimação, se a gente couber no abraço dele, aquele que protege e faz a gente parar um pouco, desligar a ansiedade, sentir paz. 






Ele também tem que saber pra onde vai. Sabe aquela coisa que pra qualquer lugar serve? Só que não, como diz a gíria por aí. Não é ter ou não dinheiro e estabilidade e sim a forma como se lida com isso, ninguém está livre de imprevistos, mas a vida anda pra frente, inclusive a nossa, não crescer como profissional é desmotivante. 


Fico encantada com homem que ri de si mesmo e dos outros, um sorriso vale mais do que muitas conversas fiadas. 

Agora se tem uma coisa na "lista padrão" que eu concordo é atitude, ser confuso, atrapalhado, esquecido, é até charmoso, mas homem que não sabe o que quer, que não faz as suas escolhas deixando a vida decidir por si não é nada atraente. É lindo ter medo de dar errado, o coração querer sair pela boca, mas por ter saído da zona de conforto, por se dar uma chance de tentar. 

Nada é pior do que um muro para um ansioso de plantão, esse lance do talvez um dia, quem sabe amanhã. Não. Quem quer arruma um jeito, se não consegue falar, escreve. Se não sabe escrever, manda flores. Se não tem dinheiro, oferece uma música que diga tudo o que sente. Agora, quem não faz nada ou fica no mesmo lugar ou não está mesmo interessado. Simples assim. As mulheres percebem e sentem isso com facilidade, o lado racional delas faz esse diagnóstico fácil, apesar do coração demorar pra processar. 


O esteriótipo pode não ser padrão, mas o desejo de companheirismo, esse é sempre padrão, mas sorte de quem não se prende aos clichês, e como dizia uma amiga: " a gente pode não saber ao certo quem ou que procuramos, mas temos certeza daquilo que não queremos".


O lado bom dessa história é que as moças como aquela que descrevemos linhas atrás, passam despercebidas aos olhos daqueles que só enxergam o óbvio. O bitolado por peitos grandes e empinados, nem vai notar a presença dela. É como uma seleção natural – aqueles que conseguem enxergar fora da caixa, acabam encontrando as mulheres mais autênticas, mais parceiras, mais interessantes, enquanto os outros seguem a ver navios e espalham pra geral que as mulheres de hoje em dia não querem nada com nada. Bobinhos. Eles nem desconfiam que para encontrá-las, basta tirar a venda e enxergar além do óbvio. Melhor pra gente. Blog Casal Sem vergonha



Imagem 1: http://enttreaspas.blogspot.com.br/2011/09/sobre-mulher-diferente.html
Imagem 2: http://diario-de-marcella.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html

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