09 outubro 2014

Morro de São Paulo - A saga para chegar

A última embarcação era igual a essas da foto, com esse mar agitado

Quando ouvimos falar no Morro de São Paulo pensamos em qual lindo é o lugar, nos deliciamos com diversas fotos maravilhosas de praias de água azul e areia clara, pesquisamos passeios de barcos e alguns já se imaginam nadando com os peixinhos nas piscinas naturais, Morro de São Paulo é um paraíso escondido na Bahia que atrai estrangeiros de todos os cantos, casais apaixonados e quem quer fugir da rotina.

Portal e o Genivaldo
Como passaríamos 7 dias na Chapada Diamantina decidimos dar uma esticadinha até o Morro, levando em conta os horários dos voos para Lençóis tínhamos que começar pelo Morro, aqui aconteceu o primeiro erro desta viagem: nunca emende essa praia com outro lugar porque pro Morro menos é mais, ou seja, quanto mais coisas você levar pior será, lembre-se que mesmo contratando o serviço de traslado você precisará carregar sua mala por diversas vezes e se tiver pesada irá se machucar.

Pois bem, pesquisando na Internet você descobre que pode chegar em Morro, a partir de Salvador, de 3 maneiras: táxi aéreo, muito mais caro e levando em conta a quantidade de aviões que caíram em 2014, descartamos de imediato. A segunda opção é o catamarã, 2 horas em mar aberto, muitos relatos de enjoos e coisas afins e a terceira opção um semi- terrestre, esse escolhido por nós.

Para tal opção contratamos a Portela Turismo - e não indicamos pra ninguém. É verdade que não pediram nenhum pagamento adiantado, mas mandaram um email confirmando a saída, todavia, chegando em Salvador não estavam nos esperando, ao ligarmos a atendente disse simplesmente que não havíamos confirmado. Espera aí: vocês não confirmaram? Disseram que não.

Que raiva!

No aeroporto tinha um stand da Cassys turismo e tivemos que nos agarrar nessa opção. Sairia as 11h30, comemos alguma coisa e lá fomos nós para a Van que nos levaria até o porto, que na verdade era uma sede da agência ficava a uns 200 metros da entrada da embarcação, o detalhe era que você  precisava pegar sua própria mala e leva-la, atravessar a rua com as pedras, semáforos e etc...( imagina o peso, as rodinhas no cimento...) Um pessoa da Cassys ia na frente pra mostrar o caminho.

Na hora de embarcar, os passageiros locais simplesmente te atropelam, cheios de pressa, loucos para seguirem seu caminho, não esperam você andar, muito menos arrastar sua mala, passar do atracador para dentro do barco então, nem pensar. Primeiro medinho, o da mala cair no mar. ( risos)

Nossas malas em Morro de São Paulo
Aí você se aperta, a viagem dura mais ou menos 40 minutos, na cidade destino algumas pessoas com carrinho de pedreiro se oferecem para carregar sua mala, conseguimos negociar e pagamos um precinho bom só pra ele atravessar a rua ( R$5,00 por mala), melhor do que carregar. Entramos na Van e foram mais 1h40 minutos. Na próxima descida, mais um rapaz ofereceu para carregar a mala, foram mais 10 reais, mas pelo menos eles colocaram dentro do próximo barquinho, uma lancha pequena que saiu mar a dentro em alta velocidade.

Naquele momento lembrei da minha mãe: com certeza ela nunca estaria ali. Lembrei-me também do que aprendi desde pequena: com o mar não se brinca, por que então estávamos naquela velocidade em alto mar? ( mal sabia eu que podia piorar)

A melhor coisa era esquecer e rezar pra chegar logo, quando isso aconteceu, já em Morro de São Paulo, o simpático Genivaldo veio nos receber, mais um "carregador de malas". Lá, eles possuem um tipo de uma associação, todos de camisa amarela, com nome da pessoa estampado.

Eu e as meninas negociamos o valor do "traslado" das malas. Ele disse que cada mala era R$15,00. A princípio ficamos indignadas, como assim? Como poderia ser tudo isso? Ele respondeu que entenderíamos e começou mostrando a ladeira, depois a escadaria.Sabíamos que não conseguiríamos subir com as malas e então, aceitamos.

Logo, a Juliane, sugeriu que se automatizasse o serviço, colocando umas esteiras ou elevadores, mas a ideia deixou Genivaldo extremamente bravo, ele queria saber porque a gente queria deixá-lo desempregado. O caminho era realmente longo e esse "táxi" de malas é uma afronta ao corpo humano: que preparo!

Nossas malas juntas pesaram mais de 60 kg ele carregou as 3 no carrinho de pedreiro pelas rampas e ainda foi nos dando ideias sobre passeios, indicando restaurantes e contando do local. Precisa de pernas, de braço, de pulmão e muita força na coluna.

Enfim, depois de 5h40 minutos( contando do aeroporto de Salvador) e 12 horas, saindo aqui de casa, chegamos na Pousada Bahia Brasil, na Segunda Praia.

2 comentários:

  1. Realmente amiga foi uma saga!!! rsrsrs
    Vc sabe que apesar de tdos os perrengues adorei a viagem!!! Tenho que revelar que a Chapada Diamantina ganhou um pedacinho maior em meu coração, mas o Morro de São Paulo tbm deixou boas lembranças!! rsrsrs

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  2. Ufa!!!
    Genival é guerreiro!!! E nós tb!!! hehehe
    Bjuss

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